Morning Gallo #0280: Ações asiáticas fecham no terreno negativo; Futuros em Wall Street operam n terreno positivo

Central do Investidor - Mercado Financeiro, Política, Geopolítica, História e Economia

As ações asiáticas encerraram a sexta-feira em queda generalizada, na contramão dos futuros em Wall Street, que operam com ganhos, uma vez que o mal-estar que paira sobre o setor bancário global diminuiu o apetite por ativos de risco nos mercados.

Os futuros do Euro Stoxx 50 operam no terreno negativo, enquanto um indicador de ações asiáticas da MSCI encerrou em baixa, após oscilações entre ganhos e perdas ao longo da sessão. O setor financeiro esteve mais uma vez entre os setores com pior desempenho no índice asiático da MSCI e o iene avançou para o nível mais alto em seis semanas na demanda por ativos de refúgio em meio à preocupação com a saúde do setor bancário global.

Os rendimentos da dívida americana se encaminham para seu terceiro dia de quedas, enquanto o dólar tenta se estabilizar após enfraquecer nas seis sessões anteriores, com os investidores posicionados para que o Federal Reserve reduza as taxas de juros ainda este ano.

Os investidores permaneceram cautelosos com os problemas no setor bancário que se acumularam durante o rápido ciclo de alta do Fed. Os credores dos EUA repercutiram a fala da secretária do Tesouro, Janet Yellen, que disse aos legisladores americanos estar preparada para novas medidas no intuito de proteger os depósitos bancários, se necessário.

Os comentários de Yellen sobre ações de depósitos adicionais, ofereceram conforto aos investidores enquanto digeriam aumentos de taxas anteriores do Banco da Inglaterra, Norges Bank (Noruega)e Banco Nacional Suíço, bem como comentários agressivos de autoridades do Banco Central Europeu.

Entre as commodities, o petróleo opera estável e caminha para um ganho semanal em meio a preocupações de que o reabastecimento dos estoques estratégicos de petróleo bruto dos EUA levaria mais tempo do que o esperado anteriormente.

Por aqui, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, apresentou um projeto de lei que altera a regra atual de impeachment, a lei 1.079, de 1950. Na proposta atual, há uma drástica redução do poder da presidência da Câmara, hoje a cargo de Arthur Lira.

Atualmente, se receber um pedido de impeachment contra o presidente da República, Lira pode deixar o documento guardado pelo tempo que desejar. Pela proposta apresentada por Pacheco, o prazo para análise desses requerimentos será de até 30 dias. Depois desse prazo, se nada for feito, o caso é automaticamente arquivado.

Estima-se que a proposta de Pacheco tem potencial para aumentar a tensão na relação entre as duas casas, que já se encontra rachada a respeito de como medidas provisórias devem tramitar no Congresso.

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