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Visita de Milei à Alemanha acontece sem honras militares e coletiva de imprensa

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O presidente argentino, Javier Milei, esteve neste fim de semana na Alemanha, onde se encontrou com o chanceler alemão, Olaf Scholz. A reunião foi rápida, de apenas uma hora, e a portas fechadas. Desde que tomou posse, há seis meses, esse foi o primeiro encontro de Milei, que se define como um "anarcocapitalista", com um mandatário social-democrata.

Marcio Damasceno, correspondente da RFI em Berlim

De acordo com o governo alemão informou a "reunião de trabalho" foi curta a pedido do próprio presidente argentino. Originalmente, estava prevista uma recepção de Estado com honras militares. O porta-voz do Executivo alemão atribuiu a mudança da programação à negativa de Javier Milei em participar de uma entrevista coletiva ao lado do chanceler Olaf Scholz. O presidente argentino evita o confronto com jornalistas e praticamente não dá entrevistas coletivas na Argentina.

Os dois políticos têm pouca afinidade. O argentino chama a atenção pela excentricidade e as declarações bombásticas. Já o alemão é um pragmático que prefere a discrição. Além disso, Scholz e Milei estão em dois campos políticos opostos. O alemão é um social-democrata e o argentino se considera um ultraliberal, que diz querer acabar com o Estado.

As diferenças políticas entre os dois ficaram bem nítidas no comunicado do governo alemão após o encontro. O texto informa que, durante a reunião, o chanceler alemão enfatizou para Milei "sua convicção de que, ao introduzir reformas, o impacto sobre a população deve ser levado em conta e a coesão social deve ser protegida".

Scholz se refere ao duro pacote de reformas que Milei tenta implementar na Argentina, que prevê uma redução drástica da máquina pública e cortes na área da educação, previdência social e cultura. Os projetos estão provocando vários protestos no país sul-americano.

Pontos de convergência

Mas, apesar de tudo, também houve pontos de convergência durante a conversa entre os dois. Scholz e Milei também discutiram as relações econômicas entre os dois países e concordaram com a necessidade de uma rápida conclusão das negociações sobre um acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.

A Alemanha é o oitavo maior investidor estrangeiro na Argentina, atrás de países como Estados Unidos e Espanha, e tem a presença de empresas como Siemens, Volkswagen e Bayer. Além disso, a Argentina tem grandes reservas de matérias-primas, como o lítio, que são urgentemente necessárias na Alemanha para a transição de energia verde.

Ucrânia

Scholz e Milei também compartilham uma mesma opinião em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia. Ambos consideram que "a Rússia tem o poder de acabar com a guerra de agressão contra a Ucrânia", afirmou o governo alemão.

A cobertura da imprensa alemã sobre a vinda do presidente argentino foi relativamente discreta. A Alemanha está sediando a Eurocopa, e a maior parte do noticiário é dedicada ao futebol, e, em parte, à viagem que o vice-chanceler e ministro da Economia alemão, Robert Habeck, está fazendo à China.

Mas por causa da visita do sul-americano, a mídia alemã publicou reportagens sobre o "presidente motoserra", a crise no país e os protestos na Argentina contra a política radical de corte de gastos públicos. Na cobertura do encontro, a imprensa alemã também deu destaque às dezenas de pessoas que protestavam contra Milei do lado de fora da sede do governo alemão.

Homenagem de fundação controversa

No sábado (22), na véspera de se encontrar com Scholz na capital alemã, Javier Milei recebeu uma medalha concedida pela Fundação Friedrich August von Hayek, um think tank de perfil neoliberal que nos últimos anos tem sido alvo de críticas na Alemanha por sua recusa em se distanciar de figuras de extrema direita alemã, como a deputada Beatrix von Storch, do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), que está entre os membros da fundação e compareceu à homenagem a Milei. Essa deputada, inclusive, foi destaque no Brasil em 2021, após ser recebida no Planalto pelo então presidente Jair Bolsonaro.

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Marcio Damasceno, correspondente da RFI em Berlim

De acordo com o governo alemão informou a "reunião de trabalho" foi curta a pedido do próprio presidente argentino. Originalmente, estava prevista uma recepção de Estado com honras militares. O porta-voz do Executivo alemão atribuiu a mudança da programação à negativa de Javier Milei em participar de uma entrevista coletiva ao lado do chanceler Olaf Scholz. O presidente argentino evita o confronto com jornalistas e praticamente não dá entrevistas coletivas na Argentina.

Os dois políticos têm pouca afinidade. O argentino chama a atenção pela excentricidade e as declarações bombásticas. Já o alemão é um pragmático que prefere a discrição. Além disso, Scholz e Milei estão em dois campos políticos opostos. O alemão é um social-democrata e o argentino se considera um ultraliberal, que diz querer acabar com o Estado.

As diferenças políticas entre os dois ficaram bem nítidas no comunicado do governo alemão após o encontro. O texto informa que, durante a reunião, o chanceler alemão enfatizou para Milei "sua convicção de que, ao introduzir reformas, o impacto sobre a população deve ser levado em conta e a coesão social deve ser protegida".

Scholz se refere ao duro pacote de reformas que Milei tenta implementar na Argentina, que prevê uma redução drástica da máquina pública e cortes na área da educação, previdência social e cultura. Os projetos estão provocando vários protestos no país sul-americano.

Pontos de convergência

Mas, apesar de tudo, também houve pontos de convergência durante a conversa entre os dois. Scholz e Milei também discutiram as relações econômicas entre os dois países e concordaram com a necessidade de uma rápida conclusão das negociações sobre um acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.

A Alemanha é o oitavo maior investidor estrangeiro na Argentina, atrás de países como Estados Unidos e Espanha, e tem a presença de empresas como Siemens, Volkswagen e Bayer. Além disso, a Argentina tem grandes reservas de matérias-primas, como o lítio, que são urgentemente necessárias na Alemanha para a transição de energia verde.

Ucrânia

Scholz e Milei também compartilham uma mesma opinião em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia. Ambos consideram que "a Rússia tem o poder de acabar com a guerra de agressão contra a Ucrânia", afirmou o governo alemão.

A cobertura da imprensa alemã sobre a vinda do presidente argentino foi relativamente discreta. A Alemanha está sediando a Eurocopa, e a maior parte do noticiário é dedicada ao futebol, e, em parte, à viagem que o vice-chanceler e ministro da Economia alemão, Robert Habeck, está fazendo à China.

Mas por causa da visita do sul-americano, a mídia alemã publicou reportagens sobre o "presidente motoserra", a crise no país e os protestos na Argentina contra a política radical de corte de gastos públicos. Na cobertura do encontro, a imprensa alemã também deu destaque às dezenas de pessoas que protestavam contra Milei do lado de fora da sede do governo alemão.

Homenagem de fundação controversa

No sábado (22), na véspera de se encontrar com Scholz na capital alemã, Javier Milei recebeu uma medalha concedida pela Fundação Friedrich August von Hayek, um think tank de perfil neoliberal que nos últimos anos tem sido alvo de críticas na Alemanha por sua recusa em se distanciar de figuras de extrema direita alemã, como a deputada Beatrix von Storch, do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), que está entre os membros da fundação e compareceu à homenagem a Milei. Essa deputada, inclusive, foi destaque no Brasil em 2021, após ser recebida no Planalto pelo então presidente Jair Bolsonaro.

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