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Não ser mãe é meu direito de escolha
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Desde muito jovem, Thuanny decidiu que não queria ser avó. Sim, ela não desejava ser avó. Já adulta, ela soube elaborar esse desejo e compreender que, nesse caso, não queria ter filhos e seguir o mesmo caminho que sua avó.
O ponto aqui não era a admiração que Thuanny sentia por sua avó; pelo contrário, esta era um símbolo de força para a neta. Mas o fato de ter tido tantos filhos, cuidar deles e, ainda por cima, sustentar financeiramente sua casa, afastava Thuanny.
As coisas pareciam tender para isso: Thuanny cresceria e teria filhos, assim como sua mãe, avó, bisavó e assim por diante. Era um ciclo que todos naturalizavam, mas não era a escolha de Thuanny para sua vida. Ela não queria.
Thuanny começou então a deixar isso bem claro e nunca foi questionada pela mãe, por exemplo. Já adulta, decidiu, junto ao companheiro, que faria a laqueadura.
Decidir pelo procedimento fez com que ela descobrisse que, até 2022, muitos obstáculos eram colocados para que as mulheres não pudessem seguir com seu desejo de esterilização voluntária.
Até então, mulheres sem filhos e com menos de 25 anos só poderiam fazer a cirurgia com autorização do companheiro, o que, para Thuanny, era um absurdo que privava o direito de escolha de tantas mulheres jovens que não desejavam ter filhos, assim como ela.
A laqueadura de Thuanny ocorreu após a mudança das regras, mas não sem ela passar por algum estresse. Seu procedimento foi realizado pelo SUS e todo o atendimento foi conduzido com muito cuidado por outras mulheres.
No entanto, devido à pandemia, foi adiado. Quando ela retornou ao hospital para dar continuidade, foi atendida por um médico homem, que a questionava: “Você tem certeza disso?”.
E não foi só isso. Os olhares de reprovação de quem não aceita uma mulher optar por não ser mãe a acompanhavam sempre que ela expressava isso.
Não querer ser mãe, para muitas pessoas, ainda significa que a mulher é sem coração, egoísta ou até mesmo promíscua. O que muitos não entendem é que, às vezes, a mulher não quer ser mãe porque tem outras prioridades em sua vida.
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"A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: https://amzn.to/3CGZkc5
O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse historiasdeterapia.com.
Edição: Bergamota Filmes
Roteiro: Luigi Madormo
Voz da vinheta: Celia Melo, apoiadora na Orelo.
173 פרקים
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Desde muito jovem, Thuanny decidiu que não queria ser avó. Sim, ela não desejava ser avó. Já adulta, ela soube elaborar esse desejo e compreender que, nesse caso, não queria ter filhos e seguir o mesmo caminho que sua avó.
O ponto aqui não era a admiração que Thuanny sentia por sua avó; pelo contrário, esta era um símbolo de força para a neta. Mas o fato de ter tido tantos filhos, cuidar deles e, ainda por cima, sustentar financeiramente sua casa, afastava Thuanny.
As coisas pareciam tender para isso: Thuanny cresceria e teria filhos, assim como sua mãe, avó, bisavó e assim por diante. Era um ciclo que todos naturalizavam, mas não era a escolha de Thuanny para sua vida. Ela não queria.
Thuanny começou então a deixar isso bem claro e nunca foi questionada pela mãe, por exemplo. Já adulta, decidiu, junto ao companheiro, que faria a laqueadura.
Decidir pelo procedimento fez com que ela descobrisse que, até 2022, muitos obstáculos eram colocados para que as mulheres não pudessem seguir com seu desejo de esterilização voluntária.
Até então, mulheres sem filhos e com menos de 25 anos só poderiam fazer a cirurgia com autorização do companheiro, o que, para Thuanny, era um absurdo que privava o direito de escolha de tantas mulheres jovens que não desejavam ter filhos, assim como ela.
A laqueadura de Thuanny ocorreu após a mudança das regras, mas não sem ela passar por algum estresse. Seu procedimento foi realizado pelo SUS e todo o atendimento foi conduzido com muito cuidado por outras mulheres.
No entanto, devido à pandemia, foi adiado. Quando ela retornou ao hospital para dar continuidade, foi atendida por um médico homem, que a questionava: “Você tem certeza disso?”.
E não foi só isso. Os olhares de reprovação de quem não aceita uma mulher optar por não ser mãe a acompanhavam sempre que ela expressava isso.
Não querer ser mãe, para muitas pessoas, ainda significa que a mulher é sem coração, egoísta ou até mesmo promíscua. O que muitos não entendem é que, às vezes, a mulher não quer ser mãe porque tem outras prioridades em sua vida.
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