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Francisco Bosco: Eu recuso a monogamia fatalista

 
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Filósofo do programa "Papo de Segunda" conversa com a Trip sobre relacionamento, fama e igualdade Um dos pensadores mais populares da atualidade, o carioca Francisco Bosco começou muito jovem escrevendo poesia. Aos 19 anos ele já havia publicado o primeiro livro, ainda que isso desperte um arrependimento profundo – suas três primeiras publicações são "muito ruins", ele diz. “Meus amigos buscavam esses títulos nos sebos para distribuí-los como forma de brincadeira. Ainda bem que isso acabou”, conta. [VIDEO=https://www.youtube.com/embed/KOY2L667cAs; CREDITS=; LEGEND=; IMAGE=https://img.youtube.com/vi/KOY2L667cAs/sddefault.jpg] Sorte também que, com a maturidade, logo Francisco se encontrou como um ensaísta respeitado e de análises muito claras sobre o mundo. Após a publicação do polêmico A Vítima Sempre Tem Razão?, em que apresentou críticas aos movimentos identitários, ele ganhou ainda mais reconhecimento, a ponto de ser convidado para fazer parte do elenco do programa Papo de Segunda, no GNT. Doutor em teoria literária pela UFRJ, ex-presidente da Funarte, pai de três filhos e flamenguista roxo, Francisco ainda se aventura como letrista, uma forma de se aproximar do pai, o compositor João Bosco. Em um papo com o Trip FM, ele fala de monogamia, sexo, fama e igualdade de gênero. Ouça o programa no Spotify, no play nesta reportagem ou leia um trecho da entrevista a seguir. [AUDIO=https://p.audio.uol.com.br/trip/2021/8/Bosco_podcast.mp3; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2021/08/6120004a5ad03/francisco-bosco-apresentador-filosofo-papo-de-segunda-trip-mh2.jpg] Trip. Estou interessado em investigar esse cruzamento entre o intelectual e a pessoa. Você costumava falar muito do seu primeiro casamento antes da separação. Como você ficou depois do divórcio, do ponto de vista filosófico? Francisco Bosco. No tempo de Sócrates – e um pouco depois também – um filósofo só era considerado verdadeiro se a sua vida correspondesse às ideias que ele defendia. Naturalmente, quando a gente fala de vida privada existe uma ética de cuidado, pois as outras pessoas envolvidas não têm o mesmo direito de contar essa história. Eu considero que existem muitos modelos de relação: tradicional, aquele de monogamia acordada, mas poucas vezes cumprida, geralmente com algum nível de hipocrisia; e o casamento aberto, por exemplo. Nesse caso, as experiências sexuais devem ser respeitadas e eventualmente até compartilhadas. Há até quem se erotize dessa forma. Outra forma é um casamento que não é exatamente aberto, mas que considera que a monogamia não é um princípio incondicional que se quebrado revela um problema grave na relação amorosa. Eu já vivi todos esses modelos. Quando fui casado com a Antonia [Pellegrino] ninguém era obrigado a revelar dimensões irredutivelmente privadas da vida. Hoje eu tenho um casamento na prática monogâmico, que funciona assim por uma transformação inconsciente minha. Eu não tenho nem tempo de fazer diferente. Mas, internamente, a gente ainda recusa a monogamia fatalista, aquela que considera que, se não houver monogamia, o casamento é fatalmente comprometido. A Tpm deu um furo sobre o divórcio da Titi Müller, que tinha um casamento protótipo. Quando ela se separa, resolve falar sobre as sensações do que ela estava vivendo. Ela diz algo maravilhoso: que a conversa para terminar o relacionamento foi tão boa que o casal acabou até transando. Isso quebrou aquela lógica do Instagram de que você precisa estar com tudo. Sobre isso, considero que todo relacionamento termina em correspondência com aquilo que foi a nota dominante do casamento. Um casamento degradado vai terminar de forma degradada. Parabéns aos dois, porque o término revela a natureza do relacionamento, o que não significa que um bom casamento também não pode terminar. Sobre a questão de gênero, a situação da mulher é melhor do que décadas atrás, mas ainda muito aquém de um horizonte plenamente igualitário. É uma novidade histórica para o homem lidar com mulheres desejantes. Hoje, sentir-se ameaçado faz parte de uma verdadeira relação amorosa. E cada um que lide com isso. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2021/08/6120006255eb6/francisco-bosco-apresentador-filosofo-papo-de-segunda-trip-mh.jpg; CREDITS=Alex Batista; LEGEND=Francisco Bosco na capa da revista TRIP #273, em Abril de 2018; ALT_TEXT=Francisco Bosco na capa da revista TRIP #273, em Abril de 2018] Não deve ser fácil ser filho de famoso. Hoje, por exemplo, uma foto de um ultrassom de famoso já ganha vários likes. Como foi isso para a sua carreira? É de fato difícil por uma razão ampla: todo o filho precisa conquistar uma autonomia em algum momento. Quando você é filho de uma pessoa famosa, é mais difícil fazer isso. Sair da sombra de uma imagem muito forte é mais difícil. Tenho uma hipótese em relação ao Brasil, que tem um ranço enorme com o filho do famoso. Por que esse interesse enorme pelo filho? Existe um fascínio provincial que tem a contrapartida de uma punição: ao mesmo tempo em que se promove o filho do famoso, existe um mecanismo dialético que consiste em punir essas pessoas justamente por ter catapultado essas pessoas à fama injustamente.
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Filósofo do programa "Papo de Segunda" conversa com a Trip sobre relacionamento, fama e igualdade Um dos pensadores mais populares da atualidade, o carioca Francisco Bosco começou muito jovem escrevendo poesia. Aos 19 anos ele já havia publicado o primeiro livro, ainda que isso desperte um arrependimento profundo – suas três primeiras publicações são "muito ruins", ele diz. “Meus amigos buscavam esses títulos nos sebos para distribuí-los como forma de brincadeira. Ainda bem que isso acabou”, conta. [VIDEO=https://www.youtube.com/embed/KOY2L667cAs; CREDITS=; LEGEND=; IMAGE=https://img.youtube.com/vi/KOY2L667cAs/sddefault.jpg] Sorte também que, com a maturidade, logo Francisco se encontrou como um ensaísta respeitado e de análises muito claras sobre o mundo. Após a publicação do polêmico A Vítima Sempre Tem Razão?, em que apresentou críticas aos movimentos identitários, ele ganhou ainda mais reconhecimento, a ponto de ser convidado para fazer parte do elenco do programa Papo de Segunda, no GNT. Doutor em teoria literária pela UFRJ, ex-presidente da Funarte, pai de três filhos e flamenguista roxo, Francisco ainda se aventura como letrista, uma forma de se aproximar do pai, o compositor João Bosco. Em um papo com o Trip FM, ele fala de monogamia, sexo, fama e igualdade de gênero. Ouça o programa no Spotify, no play nesta reportagem ou leia um trecho da entrevista a seguir. [AUDIO=https://p.audio.uol.com.br/trip/2021/8/Bosco_podcast.mp3; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2021/08/6120004a5ad03/francisco-bosco-apresentador-filosofo-papo-de-segunda-trip-mh2.jpg] Trip. Estou interessado em investigar esse cruzamento entre o intelectual e a pessoa. Você costumava falar muito do seu primeiro casamento antes da separação. Como você ficou depois do divórcio, do ponto de vista filosófico? Francisco Bosco. No tempo de Sócrates – e um pouco depois também – um filósofo só era considerado verdadeiro se a sua vida correspondesse às ideias que ele defendia. Naturalmente, quando a gente fala de vida privada existe uma ética de cuidado, pois as outras pessoas envolvidas não têm o mesmo direito de contar essa história. Eu considero que existem muitos modelos de relação: tradicional, aquele de monogamia acordada, mas poucas vezes cumprida, geralmente com algum nível de hipocrisia; e o casamento aberto, por exemplo. Nesse caso, as experiências sexuais devem ser respeitadas e eventualmente até compartilhadas. Há até quem se erotize dessa forma. Outra forma é um casamento que não é exatamente aberto, mas que considera que a monogamia não é um princípio incondicional que se quebrado revela um problema grave na relação amorosa. Eu já vivi todos esses modelos. Quando fui casado com a Antonia [Pellegrino] ninguém era obrigado a revelar dimensões irredutivelmente privadas da vida. Hoje eu tenho um casamento na prática monogâmico, que funciona assim por uma transformação inconsciente minha. Eu não tenho nem tempo de fazer diferente. Mas, internamente, a gente ainda recusa a monogamia fatalista, aquela que considera que, se não houver monogamia, o casamento é fatalmente comprometido. A Tpm deu um furo sobre o divórcio da Titi Müller, que tinha um casamento protótipo. Quando ela se separa, resolve falar sobre as sensações do que ela estava vivendo. Ela diz algo maravilhoso: que a conversa para terminar o relacionamento foi tão boa que o casal acabou até transando. Isso quebrou aquela lógica do Instagram de que você precisa estar com tudo. Sobre isso, considero que todo relacionamento termina em correspondência com aquilo que foi a nota dominante do casamento. Um casamento degradado vai terminar de forma degradada. Parabéns aos dois, porque o término revela a natureza do relacionamento, o que não significa que um bom casamento também não pode terminar. Sobre a questão de gênero, a situação da mulher é melhor do que décadas atrás, mas ainda muito aquém de um horizonte plenamente igualitário. É uma novidade histórica para o homem lidar com mulheres desejantes. Hoje, sentir-se ameaçado faz parte de uma verdadeira relação amorosa. E cada um que lide com isso. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2021/08/6120006255eb6/francisco-bosco-apresentador-filosofo-papo-de-segunda-trip-mh.jpg; CREDITS=Alex Batista; LEGEND=Francisco Bosco na capa da revista TRIP #273, em Abril de 2018; ALT_TEXT=Francisco Bosco na capa da revista TRIP #273, em Abril de 2018] Não deve ser fácil ser filho de famoso. Hoje, por exemplo, uma foto de um ultrassom de famoso já ganha vários likes. Como foi isso para a sua carreira? É de fato difícil por uma razão ampla: todo o filho precisa conquistar uma autonomia em algum momento. Quando você é filho de uma pessoa famosa, é mais difícil fazer isso. Sair da sombra de uma imagem muito forte é mais difícil. Tenho uma hipótese em relação ao Brasil, que tem um ranço enorme com o filho do famoso. Por que esse interesse enorme pelo filho? Existe um fascínio provincial que tem a contrapartida de uma punição: ao mesmo tempo em que se promove o filho do famoso, existe um mecanismo dialético que consiste em punir essas pessoas justamente por ter catapultado essas pessoas à fama injustamente.
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